25 fevereiro 2016

BREXIT: OS RESULTADOS DAS SONDAGENS E AS COTAÇÕES DAS APOSTAS

Ao ler uma notícia sobre o próximo referendo no Reino Unido, apercebi-me que as sondagens e as apostas se contradizem quanto ao seu desfecho: as sondagens - que, apesar de falíveis e manipuláveis, ainda são consideradas um método científico - apontam para que exista uma vantagem estável (ainda que ténue) entre os eleitores que preferem a permanência do Reino Unido na União Europeia; as casas de apostas e os apostadores - que, mesmo sendo um caso canónico de comportamento dos mercados, neste caso ninguém os quer vistos tratados dessa maneira: os mercados! - dão a espectativa (numa proporção de 15 para 8) que a maioria dos britânicos irá votar pela saída do seu país da União. É absurdo? As pessoas enquanto apostadoras não se comportam racionalmente? Parece-me evidente que sim. Mas o que é mais importante reter é usar a analogia para a próxima vez em que o jornalismo voltar a invocar os mercados e a evolução das yields da nossa dívida pública como elemento relevante da política portuguesa.

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