Há cinquenta anos (Agosto de 1965) Wernher von Braun (1912-1977) chegava a Lisboa para passar uns dias de férias no Estoril e arranjava um sarilho com a comunicação social portuguesa, hostilizando-a. A evasiva que fora amável no aeroporto, deixou de o ser quando abordado no hotel (acima). Foram precisos os bons (e discretos) ofícios da embaixada norte-americana para que se compusesse a situação com uma conferência de imprensa em boa e devida forma (abaixo), mas que já não foram a tempo de o livrar das evidentes manifestações de antipatia nas notícias pelo cientista alemão naturalizado americano a quem se questionava a profundidade com que adoptara a nacionalidade de um país livre e fiel aos princípios democráticos (depois de ter colaborado estreitamente com aqueles que pretendiam vibrar-lhe um golpe mortal). Não chegaram a chamar-lhe nazi mas isso a censura, mais do que provavelmente, não deixaria passar.
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