29 agosto 2015

DOURO, FAINA FLUVIAL

Embora eu ache que a qualquer dos dois assuntos foi dada uma cobertura noticiosa despropositada, manda a coerência que, se a ministra Assunção Cristas gostou de aparecer nas fotografias a dar a cara por causa da produção de pera rocha a 20 de Agosto passado também o deveria fazer nas mesmas circunstâncias a propósito (do fim) da produção da sardinha, na semana seguinte.
O que não vale é, para colmatar a lacuna, fazê-la aparecer nas notícias enquadrada por umas fotografias pseudo-piscatórias: é que nunca tínhamos dado conta que os barcos-rabelo tradicionais (abaixo) também davam para aquela faina e que afinal a sardinha é peixe de água doce...

2 comentários:

  1. A pesca da sardinha precisa de regulação em dois as petos: 1º O inicio da captura tem de ser alterado para mais tarde (atualmente, as primeiras capturas não encontram a sardinha ainda nas melhores condições de crescimento, dando aso a que as cotas se esgotem antes da espécie atingir ou, quando está no ponto otimo para ser consumida). A regulação do preço do pescado deverá também ser revisto, tendo em apreço os custos, a oferta e a procura. Por fim, é necessário também discutir e renegociar as cotas.

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  2. Pois eu, pelo meu lado, não percebo nada de sardinhas até me chegar ao prato (como a pescar, quando a pescar, como a grelhar) e aí apenas sei distinguir as bem assadas e frescas das outras.

    Agora, conheço os efeitos de deixar fugir as responsabilidades de marcar os padrões de consumo para grupos de pressão que invocam valores que eles consideram muito mais elevados do que os meros interesses dos consumidores. Costuma dar asneira, veja-se o que aconteceu na década de 1920 nos Estados Unidos com a Proibição (de beber álcool).

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