Na continuação de uma notícia de anteontem – a venda do apartamento de José Sócrates a um antigo procurador-geral paquistanês – e de um trabalho de jornalismo que parecia ausente, permitam-me assinalar e elogiar o jornal i (e a jornalista Rosa Ramos) por ter sido pioneiro a fazer o tal trabalho em falta, cujos resultados, afinal, se revelaram pertinentes: o antigo procurador Muhammad Makdoom Ali Khan estará a ser investigado por suspeita de branqueamento de capitais, de acordo com uma fonte da Policia Judiciária. Por também envolver os vistos Gold, este episódio fez-me lembrar as explicações de Luís Marques Mendes quando apareceu enredado no processo homónimo que levou a duas prisões preventivas e à (hoje muito esquecida) demissão de Miguel Macedo. Justificava-se Marques Mendes à época, fazendo-se e fazendo-nos de estúpidos, que apenas havia efectuado contactos para obter informações sobre o andamento dos processos. Ora veja-se lá, por este exemplo de uma simples jornalista, as informações que se conseguem obter em contactos sobre esses tais de andamentos dos processos... E nem terá sido preciso falar com a pessoa mais qualificada (o director da PJ no caso), que era a quem Marques Mendes recorria.
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