É notícia que José Sócrates vendeu o seu apartamento da Rua Bramcaamp. É notícia que o apartamento foi vendido por 675 mil euros. E é notícia que o seu novo proprietário é um antigo procurador-geral paquistanês chamado Makhdoom Ali Khan (acima), que terá utilizado essa aquisição para se candidatar a um visto gold. O que me parece engraçado é como nenhum órgão da nossa comunicação social se mostre interessado em perguntar quanto ganhará um procurador-geral no Paquistão para que ele consiga adquirir um apartamento em Lisboa por aquele valor. Será que a atitude seria de uma igual displicência se o comprador do apartamento tivesse sido Pinto Monteiro ou Souto Moura, também antigos procuradores-gerais mas em Portugal? Ou nestas coisas há uma moral e uma inspecção aos factos para nacionais e outra para estrangeiros?
Muito pertinente, a observação, mas não há que estranhar, tendo em conta a qualidade do jornalismo que se pratica em Portugal
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