António Costa tem resistido a dizer uma frase tão curta como: “Desculpem, mas prometemos nunca mais levar o país à bancarrota”. Faz o inverso, negando a evidência passada.
Alguém pegou num texto de Manuel Villaverde Cabral e deu destaque a esta passagem. Eu bem sei que é defeito do jornalismo realçar a polémica em vez do bom senso mas, vamos admitir que a preocupação de Villaverde Cabral pela conduta de António Costa é genuína, vamos esquecer que lhe está a sugerir que assuma a responsabilidade colectiva pelas actuação passada do partido que dirige, vamos desdenhar a controvérsia quanto à repartição daquelas responsabilidades, e concentrando-nos na contrição pela contrição, ainda para mais formulada de uma forma tão expressiva, não me lembro de ter lido Villaverde Cabral a penitenciar-se alguma vez no passado pelas asneiras de juventude, pedindo desculpa pessoalmente por ter sido comunista e prometendo nunca mais regressar a tais desvarios ideológicos. Não é pelos votos, é só para merecer respeito por causa da sua trajectória política.
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