Este comentário televisivo de José Sócrates prestando homenagem a Eusébio não se distinguiria das dúzias de outros transmitidos a propósito da morte do grande jogador não fosse a história narrada por José Sócrates que o coloca nas ruas da Covilhã, a ir para a escola durante o jogo Portugal-Coreia do Norte, tendo saído de casa com Portugal a perder e ir ouvindo as celebrações dos golos pelas ruas até chegar à escola com Portugal já a ganhar. Porém, o fact checking a que há uns dias aqui me referira, torna toda aquela história implausível: não só o jogo teve lugar a 23 de Julho de 1966, data em que já se estaria mais do que provavelmente em férias escolares, como o jogo se realizou num Sábado da parte da tarde (15H00 locais, as mesmas da Covilhã).
Já se sabia quanto José Sócrates gostava de inventar histórias para se realçar. Este blogue evocou uma das mais engraçadas e rebuscadas, ainda ele era primeiro-ministro, uma entrevista dada ao Diário de Notícias vai para mais de cinco anos onde ele dizia lembrar-se do debate que houve na América quando, pela primeira vez, um católico se candidatou a presidente (John F. Kennedy). Estar-se-ia então em 1960 e nessa época José Sócrates havia completado uns muito precoces 3 anos… Mas este episódio da narrativa dos golos do Eusébio de anteontem, parece mostrar que a sua passagem por Paris, robustecendo-o intelectualmente, não lhe terá ensinado certas coisas que ele também deveria ter aproveitado para ter aprendido neste seu regresso…
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