10 janeiro 2022

PARA IR LENDO AO LONGO DAS TRÊS SEMANAS QUE NOS SEPARAM DAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES...

Harold Wilson ganhou quatro eleições britânicas, o que é muito mais do que se pode dizer - até agora - de António Costa. É razoável considerar que duas das vitórias de Wilson (1964 e 1974/1) foram tangenciais, enquanto que a vitória de Costa de 2015 foi mais engendrada do que conseguida. Mas é interessante ler como foi a carreira de um líder de uma grande formação da esquerda europeia, mesmo considerado da ala esquerda desse mesmo partido, embora classificado assim mais pelas alianças pessoais e pelo alinhamento de grupos do que propriamente por aquilo que poderíamos classificar por pensamento ideológico. Trata-se de um tacticista, portanto, e por isso mesmo, e apesar dos 60 anos que os separam, podem recolher-se da leitura do livro algumas inspirações oportunas do que pode vir a ser o comportamento de António Costa, conforme o desfecho das eleições de 30 de Janeiro. (Uma curiosidade: o livro foi originalmente publicado há quase 30 anos, ainda o partido trabalhista não passara pelas derivas da liderança de Tony Blair; o biografado morreu  em 1995, o autor em 2004; tem 734 páginas - coisa para se ler em dia e meio, agora que está na moda aldrabar descaradamente quanto ao ritmo de leitura)

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