01 janeiro 2022

«AND NOW FOR SOMETHING COMPLETEY DIFFERENT...» (4)

É sabido que a reputação das sondagens está pelas ruas da amargura, embora tenha que se reconhecer que a culpa do facto se deva mais aos jornalistas, que torturam os dados para que eles produzam as certezas dos desfechos eleitorais que o método não pode - nunca pôde - cientificamente garantir. Mas isso é toda uma outra história, de que até falei aqui bem recentemente. O que eu quero denunciar neste caso é este novo expediente, de repegar nessas mesmas sondagens, realizadas pelos mesmos processos e com a mesma falibilidade do passado, e apresentá-las travestidas! Em substituição das desacreditadas percentagens (como quando Medina vencia Moedas com 37 a 28%...) há quem agora pegue nos dados (que continuam a ser estimados da mesma maneira) e, porque se tratará no caso de uma eleição legislativa, converta essas estimativas em números de deputados eleitos no futuro parlamento. Parece algo que é, não só completamente diferente (completely different como o diz mais acima John Cleese) como, ainda por cima, muito mais sofisticado, já que dá logo para poder antecipar que maiorias parlamentares (116 deputados) se poderão formar! Especulando à volta dos dados apresentados abaixo, há quem conclua que a geringonça tem um mínimo de 111 deputados (98+7+6) ou então conclua por sua vez, que num cenário optimista, o PS pode fazer coligação só com o PAN (112+4). Recomendo que quem se preste a estes disparates, esclareça os outros que não passam de brincadeiras...

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