18 janeiro 2022

A MINHA CONDECORAÇÃO POR UM AUTOMÓVEL

«Edimburgo, 18 (de Janeiro de 1962). David Hunter, que ganhou a "Victoria Cross" - a mais alta condecoração britânica por actos de bravura, em França, em 1918, pretende hoje vendê-la para comprar um automóvel que substitua o velho que tem e que não conseguiu passar a prova de estrada para carros com mais de dez anos, que recentemente se tornou obrigatória por decreto governamental. Hunter decidiu por á venda a "Victoria Cross" após ler que a viúva de um sargento da Força Aérea publicara um anúncio no jornal propondo a venda da "Victoria Cross" que o seu falecido marido ganhara, a fim de conseguir fundos para montar um salão de cabeleireiro.» Mais de quarenta anos depois do acto, o herói prefere trocar o galardão do seu heroísmo por algo de mais substantivo e que lhe seja mais útil. À semelhança de Ricardo III, a quem Shakespeare na sua peça homónima pôs a clamar desesperadamente por um cavalo (O meu reino por um cavalo), aqui é um sargento escocês que se dispõe a vender a sua muito restrita condecoração por um carro. Tão restrita que a wikipedia costuma conter uma página de cada um dos condecorados com a "Victoria Cross". Como é o caso (acima, à direita) desta do antigo sargento David Hunter. Como seria de esperar e comprovando que a wikipedia, contendo imensa informação, tem que ser consultada com as ressalvas de nem sempre incluir toda a informação interessante, este episódio do leilão da condecoração à troca de um carro que ande não aparece lá referido.

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