21 de Janeiro de 1982. Dia de um embate frontal entre o governo de direita da AD e o PCP, através do seu braço sindical. A prova de força dos comunistas consistia em paralisar de forma concertada todos os transportes urbanos da região da grande Lisboa (a Carris e o Metro naquele dia, a que se juntaria no dia seguinte, a Transtejo e a Rodoviária Nacional) e paralisar assim, por efeito de arrastamento, uma data de outras actividades cujos trabalhadores se veriam impedidos de comparecer no local de trabalho. Para o evitar, o governo preparou todo um sistema de transportes alternativos, cuja descrição abrangia duas páginas inteiras de publicidade (paga, assinaladas a cor de laranja) do Diário de Lisboa daquele mesmo dia. Em contrapartida, a página inteira de publicidade de resposta, a considerar que as «Alternativas do Governo não merecem confiança dos utentes» terá saído completamente de borla aos sindicatos e aos comunistas.
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