23 maio 2019

UM ELOGIO A JOSÉ MANUEL FERNANDES

Se houvesse equidade, justiça e reconhecimento pelo mérito, a evocação do nome José Manuel Fernandes devia fazer-nos pensar num político (do PSD), actualmente a cumprir funções como eurodeputado, onde, por sinal, aparece muito bem classificado no desempenho dessas funções (acima, à esquerda). Mas não. Aquele a quem mais facilmente associamos a esse nome, um seu homónimo, é um outro político (posicionado muito mais à direita do PSD), que se tem notabilizado por pretender ser aquilo que não é: jornalista (não me lembro de lhe ter lido nada que eu considerasse ter sido escrito com um mínimo de objectividade).

E nem mesmo esta oportunidade da campanha eleitoral para as eleições para o parlamento europeu parece poder servir de catalisador para o aparecimento do primeiro dos Josés Manueis Fernandes. Se demos por ele nestas últimas semanas, foi apenas porque foi trazido para uma discussão por um dos seus rivais, Nuno Melo do CDS, quando este último se defendia das acusações de estar no último terço da classificação dos eurodeputados naquele tal sistema de ranking que destaca o eurodeputado do PSD. Ou seja se, como eurodeputado e através do algoritmo do ranking, se percebe que Nuno Melo não é grande espingarda naquelas funções, por causa deste despeito invejoso e mesmo não se use qualquer algoritmo, percebe-se que homem do CDS é uma pessoa mal formada.

Por falar nisso, e regressando ao José Manuel Fernandes, o outro, aquele a quem, pelo menos no seu jornal, se dá atenção imerecida, quão interessante seria que alguém se dispusesse também a estabelecer um algoritmo que comparasse o desempenho, não dos eurodeputados, mas dos políticos-que-andam-por-aí-pretendendo-que-fazem-outras-coisas-para-não-irem-a-votos... Tenho a certeza que seria um sistema complexo, mas tenho uma certeza ainda mais certa de que haveria uma quase unanimidade dos visados em contestar destrutivamente qualquer que fosse o processo de classificação - de António Barreto a Raquel Varela. Na sua relutância às avaliações, Mário Nogueira é muito maior do que ele e a classe dos professores: é uma ideia entranhada na nossa sociedade, como ele e, já agora!, Paulo Rangel o evidenciam há anos, apreciem-se os títulos dos artigos abaixo.

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