18 junho 2023

O LANÇAMENTO DO DISCO COM O FORMATO LP

(Republicação)

18 de Junho de 1948. Em Nova Iorque, a Columbia Records americana apresenta um novo formato de disco a que atribui a designação de Long Playing (LP). Com um diâmetro de dez ou doze polegadas (25 a 30 cm) e uma velocidade de 33⅓ rpm (rotações por minuto), o novo formato tem uma capacidade tripla a quádrupla do formato então mais popular, de 78 rpm, que apenas suportava menos de cinco minutos de gravação em cada uma das faces do disco. Ao ser lançado, e com uma capacidade para um pouco mais de meia hora de música, este novo formato parecia pensado sobretudo para as peças de música clássica, tanto mais que no ano seguinte, a concorrente RCA Victor reagira com um terceiro modelo de disco também muito bem sucedido, menor, de mais curta duração e de 45 rpm. O formato permaneceu marginalizado por mais de uma década. Foi só a partir da década de 1960 que o formato LP verdadeiramente se consagrou, de que um dos exemplos de mais popularidade foram The Beatles (acima). A partir da década de 1980, a tecnologia do vinil foi substituída pelos CDs, mas, desde há vinte anos para cá assistiu-se a uma sua ressurgência e, com ela, a uma recuperação do formato LP, formato esse apresentado ao Mundo cumprem-se hoje setenta e cinco anos.

2 comentários:

  1. Curiosamente a ressurgência do vinil é sustentada pelo digital, ou melhor dito, pelas falhas do digital.

    Quando se generalizaram os CDs e os formatos digitais, a indústria da música embarcou na Loudness War (https://en.wikipedia.org/wiki/Loudness_war): o aumento artificial da compressão de áudio facilitada pelos formatos digitais que não têm as limitações físicas do vinil. Isto fez com que a música produzida digitalmente tenha uma dinâmica menos agradável. Quando o número de álbuns com pouca qualidade de produção começou a aumentar, os mais puristas e audiófilos tiveram de recorrer ao audio analógico, e consequentemente ao vinil.

    Apesar das qualidades e possibilidades do digital, parece que a tecnologia tens a suas limitações. E no que toca à música, há uma sonoridade que só se consegue com fita magnética e tesouras, técnicas de gravação com mais de 50 anos que estão a ser a pouco e pouco recuperadas (https://en.wikipedia.org/wiki/Wasting_Light).

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  2. Peço desculpa pelo atraso na publicação dos comentários mas o programa automático que se responsabilizava pela notificação dos comentários publicados pendentes de aprovação - e que era o mesmo que publicava estes mesmos posts no facebook - deixou de funcionar o que obrigaria a que procedesse a essa verificação manual, algo que só agora passei a fazer.

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