Recentemente foram tornados públicos os resultados de três sondagens distintas realizadas na Alemanha. Daquilo que li, os resultados não são muito distintos, mas o tratamento informativo que lhes foi dado, sim. O Público (do lado esquerdo) resolveu dar destaque ao facto de, numa delas e apenas numa das três sondagens!, o AfD de extrema direita aparecer (marginalmente) em segundo lugar, ultrapassando o SPD nas intenções de voto de umas hipotéticas eleições (que não vão ter lugar). Em contraste, e partindo precisamente daquelas mesmas sondagens e da mesma informação, a The Economist elege como alvo do desgaste revelado por elas o partido dos Verdes, o segundo parceiro da coligação tripartida que governa a Alemanha, composta pelo SPD, Verdes e FDP. Gostaria de ainda ter a ingenuidade de admitir que a diferença de tratamento do mesmo tema, suportado nos mesmos factos, se poderia dever ao pluralismo de opinião. Mas não. É o contraste entre estilos alarmistas de informação (que é o que vemos praticado pelo Público) e a defesa de uma agenda política precisa (no caso da The Economist).
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