A 29 de Junho de 1973, um despacho da UPI informava o mundo que o navio de cruzeiros Skyward (acima) interrompera o seu cruzeiro previsto para aportar em várias ilhas das Caraíbas para se dirigir a todo o vapor para o seu porto de origem (e o do cruzeiro), Miami. A causa, de acordo com o relatório da Guarda Costeira norte-americana que servira de base à notícia, fora uma colossal diarreia colectiva que afectara todas as 1.020 pessoas (passageiros e tripulação) que viajavam no navio. Ainda de acordo com o mesmo relatório, a Guarda Costeira ainda equacionou a hipótese de aerotransportar medicação antidiarreica para o navio em alto mar, porém, as necessidades dos 720 passageiros e 300 tripulantes – em 48 horas foram virtualmente todos afectados pela maleita – eram demasiadas para os stocks correntes disponíveis em todas as farmácias de Miami.
Em consequência disso, foi o Capitão Ragnar Johannassen, afectado tanto pessoal quanto profissionalmente, que, depois de consultar o médico de bordo sobre as necessidades mais imediatas de evacuar de emergência algum caso que inspirasse mais cuidados, se decidiu a interromper o programa previsto, fazendo o navio regressar a Miami, aonde viria a chegar no dia seguinte. Os passageiros iriam permanecer em quarentena por 24 horas enquanto as autoridades sanitárias subiriam a bordo para procurar identificar a causa do incidente: a água, descobriu-se depois. Sem ter sido de sonho, foi certamente um cruzeiro memorável para quem viajou naquele paquete da Norwegian-Caribbean Cruise Lines. Entre os jornais portugueses houve quem tivesse dedicado uma pequena nota ao caso, entre o invejoso e o divertido – abaixo o Diário de Lisboa do dia seguinte.
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