Heimat é uma série alemã de televisão composta por onze (prolongados) episódios que nos conta uma história da Alemanha do Século XX (em rigor, entre 1919 e 1982), acompanhando a evolução de uma pequena aldeia católica da Renânia. Transmitida originalmente em 1984, tornou-se uma série muito elogiada pela crítica, mas não é para a apreciar que a menciono. É por causa dos ritmos da narrativa e da extensão das obras, que entretanto evoluíram tanto que se cometem erros como aquele que cometi ontem. A série é composta por onze episódios como se disse acima, mas a sua duração total é de quinze horas e meia: os episódios mais curtos têm uma duração de uma hora; outros duram mais, o inicial, por exemplo, dura o dobro disso - o que é mais do que a duração da maioria dos filme comuns dos dias que correm. E ontem, quando me dispus a ver à noite o nono episódio da série, que se intitulava Hermännchen (que se pode traduzir, com alguma ironia atendendo ao que aconteceu, por Hermanzinho...), tive a inesperada surpresa de me deparar com um episódio que acabou tarde na noite, porque tem a duração de 2 horas e 20 minutos! Vai uma eternidade entre esses anos em que um episódio de uma série de televisão tinha (podia ter) essa duração e estes anos, em que se procura, por exemplo, (tentar) condensar todas as subtilezas de um livro de John Le Carré num filme que dura menos que isso.
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