10 junho 2022

ASTÉRIX E OS NORMANDOS (I)

Publicada originalmente em 1966, esta história de Astérix e os Normandos, embora muito divertida, é uma das suas histórias que envelheceu pior, já que a trama da aventura assenta no pressuposto que cantar muito mal (como o fazia Assurancetorix, o bardo da aldeia) era um defeito que, para benefício excepcional deste caso, se revelava uma qualidade. (Spoiler alert: Será a desafinação épica do bardo Assurancetorix que acabará por inculcar o medo nos normandos). Hoje isso já não faz sentido: basta apreciarmos abaixo o autor compositor Sérgio Godinho, estóico, a escutar a desconstrução musical que é perpetrada à sua frente a uma das suas canções por um bardo lusitano chamado B. Fachada. Não é que não merecesse, mas Sérgio Godinho não esmurra violentamente o cantor, como o faziam os companheiros de aldeia de Assurancetorix, e também não se atira pela janela, como o virão a fazer os normandos apavorados...
Porém, salvaguardado esse aspecto em particular, é uma história de BD que vale a pena ser lida.

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