6 de Junho de 1982. Israel dava início à Operação Paz para a Galileia, a invasão do Líbano para de lá desalojar as forças militares da OLP (a Organização de Libertação da Palestina). Alguns dias depois, aquele que fora o maior impulsionador da iniciativa, o ministro da Defesa Ariel Sharon, apresentava em conferência de imprensa o sucesso da progressão das colunas israelitas. Reconhece-se no mapa as fronteiras entre Israel e o Líbano. Tudo parecia correr bem mas os israelitas ir-se-iam ver mais uma vez atascados na constatação de que o seu braço militar não pode arranjar soluções para um problema que sempre será político. Israel nunca se arriscou a ceder nada de valia à troca da sua segurança como estado e só quer negociar em posição de força, enquanto, pelo seu lado, os inimigos de Israel sabem quanto o tempo funciona em favor deles e tornam-se evasivos precisamente quando Israel está em situações pontuais de vantagem acrescida. Depois disso já Israel tornou a invadir o Líbano (2006) e 40 anos passados, os problemas que se colocam a Israel no que respeita à sua fronteira do norte são precisamente os mesmos que Sharon pretendia estarem a serem resolvidos na ponta do seu ponteiro.
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