26 de Junho de 1972. Fidel Castro chegava a Moscovo, para uma visita oficial à União Soviética que se prolongaria por quinze dias, com um roteiro bastante alargado, abrangendo várias deslocações no vasto território soviético. Esta visita era, aliás, o término de um extenso périplo que tomaria a Fidel Castro um total de mais de dois meses a completar, e que o fizera visitar entretanto e sucessivamente: a Guiné Conakry e a Argélia, em África, e a Bulgária, a Polónia, a Roménia, a Hungria, a Alemanha Oriental e a Checoslováquia, na Europa. A coreografia (com muitos abraços mas dispensando os beijos entre homens da cultura eslava, já que Fidel não gostava de passar por maricón...), e como se pode comprovar pelas imagens abaixo, era sempre a mesma. Mas, para além do aspecto coreográfico, que a repetição que as imagens abaixo torna ridículo, a duração da viagem do líder revolucionário cubano comprovava dois aspectos políticos importantes: a) que o regime comunista cubano se consolidara e aguentava perfeitamente uma ausência tão prolongada do seu líder; b) e, precisamente por essa mesma ausência prolongada, sugeria que Fidel Castro não era pessoa com perfil ou preocupações para assumir o governo propriamente dito de Cuba.
Sofia, Bulgária, 12 de Maio
Budapeste, Hungria, 30 de Maio
Varsóvia, Polónia, 6 de Junho
Bucareste, Roménia, 9 de Junho
Berlim, Alemanha Oriental, 13 de Junho
Praga, Checoslováquia, 22 de Junho
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