Durante os tempos da rivalidade Ocidente-Leste, havia uma piada recorrente, mordaz, que se contava quanto da repetição de episódios como o que é acima narrado no jornal: «o que é um quarteto de cordas russo? É que resta de uma orquestra sinfónica soviética quando regressa ao seu país, depois de uma digressão por países ocidentais...» Neste caso, que é noticiado a 9 de Janeiro de 1981 e verificado no aeroporto de Lisboa quando de uma escala de um avião da Aeroflot, não se tratava nem de músicos nem de russos, mas de cubanos. Porém, a sangria contínua de quadros que fugiam dos países comunistas era mais do que um motivo de anedota política, era um custo financeiro e moral para os países que os viam fugir e a derrota assumida na guerra de propaganda ideológica da Guerra Fria. Por causa disso, teve que se construir um muro na Alemanha e uma cortina de ferro a dividir a Europa. Mas descobriam-se sempre novas maneiras de fugir ao socialismo avançado. Esta que é acima descrita fora descoberta há pouco tempo (Outubro), e ainda estaria operacional - os quatro cubanos que haviam fugido desta vez iam juntar-se «a outros oito que já se encontravam desde há tempos na capital portuguesa e que também pediram asilo político».
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