Quando escrevo, ainda nenhum órgão de informação português traduziu a notícia científica, preciosa, da descoberta das razões para que o wombat (um bichinho marsupial australiano que a imagem acima exibe) cague aos cubos. Em primeiro lugar, permitam-me assumir a ignorância de que não sabia que os wombats cagavam cubos. Sobre geometrias da merda sabia apenas que as cabras cagam bolinhas e ficava-me praticamente por aí. As dos equídeos são bolas maiores e mais desconjuntadas, mas a maioria dos excrementos dos outros animais, incluindo nós, são mais do género de formas abstractas. Contudo e como se vê, o wombat despacha a coisa num formato que merece respeito pela regularidade das formas, a fazer lembrar - quase - uma encomenda postal dos CTT. E a conferir todo um sentido mais próprio à popular expressão «deixar um presente». Mas o que interessa é que, pelos vistos, até agora não se sabia como é que os wombats faziam aquilo; e agora sabe-se - quem quiser pode ler o abstract do artigo científico. É reconfortante ouvir falar dos sucessos da ciência, numa altura em que, por causa da epidemia da covid, a tenho visto a ser distratada por pessoas que se percebe, pelo que escrevem nas redes sociais, que nada percebem dela e que, na minha modesta opinião, bem mereceriam que, em reacção aos disparates que lhes leio, se lhes enviasse por encomenda postal (já que estamos todos confinados) um cocozinho de wombat, com um laçarote colorido em cima...
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