Dia 1 de Janeiro. O século XXI acaba de completar (uns escassos) vinte anos e há uns palermas que conferem um troféu que escolhe um melhor, abrangendo não apenas esses vinte mas também os oitenta anos vindouros. Antigamente, eram só os americanos que organizavam coisas com títulos pomposos do mesmo género: arranjavam uma competição doméstica de uma modalidade qualquer e qualificavam-na de campeonato mundial. Para os americanos, a América e o Mundo eram a mesma coisa. Claro que não era e não é. Até eles já descobriram isso. Contudo, o uso da hipérbole desportiva contaminou o resto do Mundo e os disparates do mesmo género ocorrem agora à escala mundial, como esta consagração recente no Dubai de Cristiano Ronaldo como o melhor futebolista do século XXI. É um troféu tão estúpido que me dispenso de argumentar porque o é, embora os brasileiros, despeitados, porque têm a mania que melhores do futebol é só com eles, desta vez e para estes assuntos, se tenham aplicado em ser rigorosos (abaixo). Quanto ao resto, ao que os brasileiros estão a valer em futebol, estão como os americanos e também pensam que o melhor do Brasil e do Mundo são sinónimos. Jorge Jesus veio-se embora e afinal eles não aprenderam nada com a sua passagem!
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