17 maio 2020

RECORDAÇÕES DE UMA OUTRA ERA EM QUE OS CABELEIREIROS NÃO SERIAM TÃO APRECIADOS QUANTO HOJE

Mais do que a música, já de si não propriamente notável, o que torna verdadeiramente memorável neste disco americano de 1964 é a sua capa. Qualquer das raparigas não é bonita, mas reconheça-se que o efeito de conjunto é potenciado pela habilidade do cabeleireiro - presumivelmente o mesmo - que as alindou para a fotografia de capa. Cabeleireiros como este deviam ter ido todos à falência durante o confinamento. Senão, agora regressam pujantes e com uma carteira de clientes ansiosos dos seus serviços, mais uma das tragédias colaterais da pandemia. Quanto ao disco propriamente dito, há quem tenha ido muito longe para se certificar que o que vemos (e ouvimos) é (foi) mesmo um disco a sério ou se se trata de uma encenação. Quando se lê o empenho das posições assumidas em defesa de qualquer das opiniões, percebe-se que um outro problema das redes sociais é que se discute este assunto menor (um disco medíocre!...) com o mesmo fervor e escrutínio como se discute a questão se a presença de Neil Armstrong na Lua foi genuína ou encenada em estúdio. E a irredutibilidade das partes é a mesma.

1 comentário:

  1. As misteriosas voltas das necessidades de cabeleireiros e barbeiros 😆😆😆😆😆

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