25 maio 2020

E DE REPENTE... COMEÇA UM TERRAMOTO

Um terramoto foi o que aconteceu ainda ontem à primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, quando ela dava uma entrevista a um canal de televisão. Jacinda transformou-se numa coqueluche da comunicação social internacional (especialmente depois de discursar numa das recentes sessões da Assembleia Geral da ONU, onde protagonizou um significativo contraste com Donald Trump), mas o episódio que o vídeo acima exibe, demonstra o quanto ela tem pinta... e sangue frio. A pinta (muita) e o sangue frio (nenhum) que faltaram ao Chicão quando ele aqui há coisa de dois meses e meio se viu numa situação precisamente idêntica enquanto discursava no Funchal (abaixo). Para aqueles (como eu) que gostam de escrutinar os assuntos até ao pormenor (para estragar o trabalho dos encarregados de arranjar desculpas e obrigá-los a arranjá-las, às desculpas, ainda mais estúpidas e inverosímeis), esclareça-se que o terramoto da Jacinda (5,8 graus na escala de Richter) foi maior do que o do Chicão (5,2). Em contrapartida a expressão do Chicão é visivelmente mais assustada do que a da Jacinda (tipo 2,0 graus na escala da Cueca Borrada). Estes momentos são minudências numa carreira política, mas não se fingem nem se forjam. Estão lá. E é por isso que , por muito que ele venha a fazer, perdura a impressão que o Chicão não vai levar o CDS a lado nenhum.

8 comentários:

  1. É para me ir embora? é para evacuar a sala? Não? Então posso continuar? Não há azar?

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  2. Não sei se sabes, Artur, que a alcunha colegial do Chicão é "rato".
    E, de facto, a cara que ele faz quando se apercebe que a terra está a tremer são uns olhos assustados de rato. É a sabedora centenária da instituição.
    Chicão é uma alcunha que depois lhe deram os jotinhas do CDS, e, de facto, tenho uma grande dificuldade em perceber as razões do aumentativo.

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  3. ... pena, nos pormenores que escrutina, não ter pesquisado a realidade neozelandesa ao nível dos fenómenos naturais, para desenvolver a comparação. Estou-me nas tintas para o "Chicão" mas podia ser mais rigoroso na comparação. E uma vez que sublinha as reacções bem podia elaborar porque a Srª ministra estará mais habituada a tremores. Como acompanho o que escreve entendo a simpatia ...

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  4. Para além da generalidade, em concreto, o que é que entende por «a realidade neozelandesa ao nível dos fenómenos naturais» que me faltou pesquisar «para ser mais rigoroso na comparação»? Trata-se da reacção de duas pessoas a um tremor de terra. Estão à vista nos dois vídeos para serem comparadas. Creio que as pessoas compreendem o que vêem sem precisar de «elaborações».

    E já agora, porque tem o desplante de me pedir para ser «mais rigoroso» chamo-lhe a atenção que a «Srª ministra» de que fala é primeira-ministra. Que pena que tenha sido tão pouco rigoroso a pedir rigor aos outros...

    E, já agora, como não assina o que escreve, não faço a mínima ideia se acompanha ou não o que escrevo. É-me irrelevante se o faz realmente ou se está a mentir, mas entendo a necessidade de o deixar expresso, apesar do expediente do anonimato...

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  5. Acompanho o seu blog para ter referência ao centro, para não cair para a direita. E assim continuar moderado. Isso não inválida que sublinhe detalhes. Depois, sei bem o meu lugar, e por isso também o sigo, que é contar tostões .

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  6. 1) Este último acompanhante anónimo do meu blogue é o mesmo acompanhante que ontem se reclamava do mesmo estatuto, ou é outro? Como compreende, anónimo, isto dos anonimatos tem inconveniências...

    2) Esta pergunta é para o anónimo de hoje, seja ele ou não seja a reencarnação do outro: o que é isso de contar tostões?

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  7. ... quanto ao ponto dois passo-lhe um perfil que pode ser útil.

    Trata-se de uma pessoa nascida no final do Séc. XX inicio do Séc. XXI, precário intermitente a recibos verdes. Quando tem trabalho, tem horário trabalho como se tivesse contrato, só não tem contrato. Ou, se vai entrar no mundo do trabalho antes de começar a laborar já está a pagar. Pagar a um banco para ter uma conta bancária e a um prestador de serviços de dados para ter uma conta de email. Sem estas coisas, das duas uma ou entra e fica à margem, ou as Finanças não o deixam colectar-se e assim não pode entrar no mercado. Mas, no geral, não será só o facto ser precário, como ainda se é tratado pelo Estado pior do que a Função Pública. Ou seja, não tem segurança no trabalho, aumentos cíclicos, direito à greve, como desconta mais, é explorado e mal pago. Por outro lado, se por acaso está "descoletado" e se inscreve num Centro de Emprego é mal tratado. Uma postura altiva onde parece que deve ou coisa, tipo subsidio de reinserção, ao Estado, e IEFP está ai para cobrar essa dívida.

    Num dimensão pessoal, a título familiar, será uma pessoa que terá de pensar e repensar: aumentar família, contrair um empréstimo, se tiver capacidade de o contrair ou o banco o disponibilizar, no intuito de financiar. Porque sem o suporte de progenitores ou familiares a aquisição de casa, automóvel ou equipamentos, não será fácil investir.

    Quanto primeiro ponto, dá para distinguir. Não questiono a paleta, quanto muito, sem articular com outros tons, fico-me um sem o desenvolver muito.

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  8. Lamento dizer-lhe, a este último comentador anónimo, que a "passagem" do perfil foi... inútil, porque não explica a associação de me seguir (aqui no blogue) com a "contagem" de tostões.

    Mais inútil ainda: fico na dúvida se tive por interlocutor(es) um, dois ou três anónimos, o que me leva à conclusão que é tempo de bloquear a publicação de comentários do género.

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