26 de Maio de 1945. Nas negociações que estavam a decorrer então em São Francisco, a respeito do funcionamento da futura Organização das Nações Unidas (ONU), ficava-se a saber que aqueles que a notícia designava por «Quatro Grandes» haviam chegado a acordo quanto à concessão do direito de veto a qualquer dos países assim considerados: a notícia enumera as «delegações britânica, norte-americana, russa e chinesa», mas o estatuto de «Grande» também fora reconhecido à França. Cinco países que tinham assento permanente no conselho de segurança da ONU e que, com o seu voto negativo, podiam impedir a aprovação de qualquer resolução emitida por aquele órgão, mesmo que a votação fosse maioritária. Como na notícia se explica, a figura do veto fora uma insistência russa, que se mostrava temente que a composição da nova organização colocasse a União Soviética em posição minoritária quanto à composição de países membros da nova organização. Durante os primeiros anos da ONU, o recurso ao veto pelos russos (soviéticos) foi um expediente tão frequentemente usado por estes, que se tornou recorrente empregar a expressão russa nyet (não) como sinónimo de uma atitude não cooperativa nem colaborante. Entre os vetos russos desses tempos contam-se dois, em Agosto de 1946 e em Agosto de 1947, que nos dizem directamente respeito, quando a admissão de Portugal à ONU nessas duas ocasiões foi vetada por eles. Mas, para aqueles que queiram ver nesse duplo veto fundamentos ideológicos anti-salazaristas, desenganem-se: precisamente nas mesmas duas ocasiões a União Soviética vetou as admissões da Irlanda e da Jordânia...
Há tempos que não vinha para estes lados.Hoje fui ao "quadrado" e desviei para uma visita ao "Herdeiro"...rendições nazis,cagaço do chicão,aquele gajo,nasceu em Lisboa,é alemão,festival da canção...continua a ser uma bela página,onde se aprende muito.
ResponderEliminarAbraço
Abraço, Paulo.
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