22 julho 2019

QUANDO MAIS É DE MENOS... ESFORÇOS PARA TENTAR LEVAR OS PORCOS A CANTAR

Se o jornal Público (acima, à esquerda) dedicou recursos a desmontar quatro teorias da conspiração, o seu concorrente Observador esmagou-o, porque arruinou onze teorias. Eu não sei se deva felicitar o Observador por ter excedido de muito em pedagogia o seu rival. A imaginação pode ser prodigiosa mas a estupidez também pode ser infinita. Em dias de cinquentenário da viagem à Lua, o que me parece distingui-lo de outras comemorações do passado foi esta atenção absurda que vejo dedicada a refutar os conspiracionistas. Em função de toda a informação que está amplamente disponível por todo o lado, parece-me que um conspiracionista escolhe sê-lo. Porque se julga mais arguto que os restantes ou por uma outra qualquer causa, é uma atitude, mais do que uma conclusão, a que o leva a opinar (o que é diferente de concluir) que o Homem não foi à Lua e que aquilo que vemos foi tudo forjado. E tentar tirar-lhe isso (a opinião) parece-me ser um exercício inútil: desmontar racionalmente as dúvidas (que ele não tem) será como se alguém tentasse ensinar um porco a cantar. Mais do que inútil, duplamente inútil: um porco não consegue cantar e, por outro lado, nem tem gosto para apreciar a estética musical. Quem explica, perde tempo. E o porco costuma acabar chateado.

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