25 julho 2019

OPERAÇÃO GAFF(E)

Na história dos grandes conflitos, as pequenas operações bem sucedidas podem tornar-se em sucessos de  propaganda. Mas as pequenas operações que, pelo contrário, tenham sido mal sucedidas têm o destino traçado para o oblívio, a não ser que alguém, a bem da verdade, as pretenda depois recuperar. É o que se faz aqui com uma Operação que recebeu o nome de Gaff, e cujo desfecho, como iremos ver, a presta ao trocadilho mais do que evidente com gaffe. Regressemos a 25 de Julho de 1944, completam-se hoje 75 anos. Os exércitos aliados ainda tentavam romper a resistência que os alemães lhes opunham na Normandia mas, nesse dia e por detrás das linhas alemãs, um comando especial do SAS britânico foi lançado clandestinamente em pára-quedas nos arredores de Orleães. A missão dos seis homens que o compunham era (como se pode ler no documento acima): «Matar, ou raptar e levar para Inglaterra, o Marechal de Campo ROMMEL, ou qualquer dos membros mais importantes do seu estado-maior». Com tanto azar que, desconhecido do comando e dos aliados, o alvo (Rommel) já fora neutralizado dias antes (17 de Julho), quando a sua viatura fora atacada por aviões da RAF, num episódio de onde ele saíra ferido com gravidade. Quando o comando descobriu isto, três dias depois da chegada, já há muito que Rommel fora hospitalizado e evacuado para a Alemanha. O comando de potenciais assassinos/raptores regressou assim às linhas aliadas, aonde chegou dia 12 de Agosto, conforme o relatório abaixo. Rico em detalhes insignificantes de acções onde se engajou em apoio da resistência francesa, o que é omisso em toda a documentação, é o detalhe do teor das comunicações trocadas entre Londres e o comando, sem responder à pergunta se se chegou a colocar a hipótese de remontar toda a operação, agora tendo como alvo alternativo o Marechal de Campo von Kluge, que era o sucessor de Rommel nas funções.

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