24 de Julho de 1929. Entrada em vigor do Pacto Kellogg-Briand. O pacto, que ia buscar o nome ao secretário de Estado americano da altura, Frank Billings Kellogg, e ao ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Aristide Briand, fora firmado em Paris quase um ano antes, em Agosto de 1928. Aos dois patrocinadores juntaram-se, na ocasião da assinatura, mais treze países e, na altura da sua entrada em vigor, há precisamente noventa anos, já eram quarenta e seis os países (entre os quais, Portugal e todas as potências de vulto) que «condenavam o recurso à guerra para a regulação dos diferendos internacionais e que a ela renunciam como instrumento de política nacional nas suas relações com os outros países». Nesse ano, Frank Kellogg foi distinguido com o Prémio Nobel da Paz. A expectativas eram altas mas o que o futuro reservava às boas intenções políticas para a ordem internacional foi aquilo que hoje sabemos. Dez anos depois, o Mundo voltava a entrar em guerra. Actualmente, já ninguém se lembra de nada: nem do pacto, nem do prémio, nem do premiado.
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