De há cinquenta anos para cá, a Lua afastou-se ainda mais dois metros da Terra, mas os problemas técnicos que se colocam a quem queira realizar um regresso ao nosso satélite com uma missão tripulada permanecem essencialmente os mesmos que a NASA teve de resolver até chegar a Julho de 1969. O que mudou imenso no entretanto foi o resto, o acessório, os protocolos do informar e da cobertura do reagir, conforme evoca este pequeno vídeo acima, simulando em jeito de caricatura que a chegada à Lua ocorrera já neste século XXI. Feito já há dez anos não conta, portanto, ainda com o poderoso impacto do Efeito Trump na América, em que tudo se transformou em entretenimento e a Verdade constitui um mero adereço de um enredo elaborado para captar o lado límbico do espectador. Em que uma missão real pode ser substituída (com vantagem, como se pode apreciar abaixo) por uma peça teatral coreografada numa sala da Casa Branca!
* Uma nota adicional sobre o dia em que se deve assinalar o cinquentenário: a chegada do módulo lunar à Lua teve lugar a 20 de Julho de 1969 mas o passeio de Neil Armstrong (lembrar-se-ão os que a ele assistiram em directo pela televisão...) teve lugar na madrugada de 21 de Julho de 1969, por volta das 03H00 da manhã. Nos Estados Unidos estava-se ainda no serão do dia anterior (23H00 em Nova Iorque e 20H00 em Los Angeles). Aliás, a hora do passeio de Armstrong foi propositadamente escolhida por causa disso mesmo, para apanhar a hora de maior audiência televisiva. Daí a ocasional discrepância de datas: 20 de Julho para os americanos, mas 21 de Julho para os europeus.
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