Mário Tomé evocado como «construtor da democracia» é só para quem não se lembre dele no 25 de Novembro no Regimento de Polícia Militar da Calçada da Ajuda, a «combater pela Paz»: três mortos. Naquela data, Mário Tomé representou para a edificação da Democracia em Portugal o mesmo que um malho, um camartelo, ou mesmo uma bola de demolição. A Democracia, magnânima, é que o englobou depois a ele, que até a quisera destruir. Lá pelo Bloco e sobre Democracia não brinquem com a palavra, não distorçam o conceito, não queiram reescrever a História, como, aliás, é costume por aquelas paragens ideológicas. Tivesse o «revolucionário e feminista» Mário Tomé triunfado naquele dia e há quem tenha dito que a História de um Portugal anti-democrático teria sido muito diferente.
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