10 abril 2017

NOSTALGIA POLÍTICA COMBINADA COM MUITA INGENUIDADE

A pergunta da sondagem patrocinada pelo jornal espanhol El País é clara: Quem preferiria que fosse o chefe do governo nos dias que correm? Adolfo Suárez (que chefiou o governo espanhol entre 1976 e 1981) é o preferido de uma forma destacada. Seguem-se, por ordem de preferência e num processo que quase reproduz rigorosamente a cronologia como o cargo foi ocupado, Felipe González (1982-1996), José Luis Rodríguez Zapatero (2004-2011) e Mariano Rajoy (2011-actualidade). A excepção à regra de que, quanto mais tempo passa, mais eu gosto de ti, é mesmo a de José María Aznar (1996-2004), numa constatação das escassas saudades que terá deixado. Outra excepção, embora essa se deva mais à discricionariedade da sua passagem pelo cargo do que à antipatia que nele terá gerado, é a de Leopoldo Calvo-Sotelo (1981-1982), que nem chega a ser mencionado no quadro nem no artigo do El País. Por cá, manifestando uma idêntica nostalgia e ingenuidade política, não surpreenderia que uma sondagem análoga realizada entre nós terminasse com Francisco Sá Carneiro colocado em primeiro lugar.

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