Mesmo aceitando que os partidos e os políticos são, pela natureza da sua actividade de disputa do poder, naturalmente amorais, o que não se devia aceitar é que eles nem se dêem ao trabalho de, pelo menos, fingir – numa actividade em que quase tudo é fingimento… – que possuem preocupações éticas e/ou morais. Que aquilo que é dito publicamente no vídeo acima por José Pacheco Pereira não venha a ter qualquer impacto – muito menos o impacto (figurado) desejável daquilo que acontece no vídeo de baixo... – é uma culpa de todos nós, da nossa sociedade como um todo, da nossa tolerância para com os escroques.
Acrescente-se em rodapé que o episódio Capucho foi apenas um estopim e é somente um epifenómeno daquilo que é realmente importante. Vale a pena recordar, para contraste, que o militante do PSD Valentim Loureiro quando foi sancionado, foi-o por ter apoiado Mário Soares nas presidenciais de 1986 e por ter concorrido contra o partido em que militava em 2005.
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