Durante quase precisamente dois anos, Vítor Gaspar foi considerado o elemento charneira
de uma política que se revelou um fiasco... - como ele nos explicaria - reticências... colossal. Financeiramente, área da
sua competência directa, ainda agora se andam a corrigir as expectativas do impacto da sua implementação. E quanto às indispensáveis reformas
do Estado, mesmo de entre aqueles de quem se esperaria uma opinião benevolente
(como será o caso de Miguel Cadilhe), se ouvem agora balanços muito críticos à actividade do governo. É perante este histórico que me dou conta, surpreendido, de uma
espécie de biografia sua feita de entrevistas, promovida subtilmente em notícias
deliberadamente soltadas para os jornais.
Deduzindo do que leio nelas, um conteúdo assaz benigno para o
entrevistado/biografado no livro, apeteceria perguntar ironicamente se é aquilo que se
entende pela tão propagandeada meritocracia. Mas, sendo o direito ao disparate uma liberdade
fundamental, ficamo-nos por vincar que aquilo não é muito diferente da
promoção que foi recebida por Paulo Futre depois dele se ter popularizado a fazer uma triste figura numa acção de uma candidatura à presidência do Sporting.
O facto deste agora ter sido patrocinado em livro por uma dondoca pretensiosa (Maria João
Avillez), em vez de o ser em televisão por uma dondoca que não o seja (como, por exemplo,
Teresa Guilherme), é que parece estar a fazer (e não devia)
toda a diferença.
Em "meritocracia" parece-me que faltou um "d" entre o "r" e o "i"... As "gralhas" são terríveis!
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