Ainda a pretexto da aparência e essência dos assuntos, devo confessar que a veterania de meia dúzia de anos de blogues ainda não me livra de cometer erros, crassos. Ao inscrever-me como primeiro comentador de um poste que considerava razoavelmente redigido e do qual apenas discordava de um aspecto, esqueci-me de verificar o estilo consuetudinário praticado nas caixas de comentários daquele blogue. A resposta, presta, mostrou como eu andava por ali perdido.
Aquele estilo que outrora conhecíamos gatafunhado a esferográfica no interior das portas dos cagatórios públicos, tornou-se agora num desporto radical, praticado por muitos mais nas caixas de comentários das notícias de jornal e em alguns blogues seleccionados – era o caso daquele. Assim, o meu comentário à conduta de Luís Amado foi logo respondido com um substantivo «A.Teixeira, larga o vinho» ao qual eu respondi, num esforço de integração na onda, com um carismático «Valupi, faz-me um broche.»
A ironia final do episódio foi mesmo a de ler o dito Valupi a reagir (agora assisadamente) como se eu quisesse mesmo que ele me fizesse o dito broche, mas a grande conclusão a extrair, parafraseando o que Alphonse (o pássaro com óculos) acima diz ao Rififi é que ele há certas relações sociais que eu preferia nem ter tido… O cheiro de merda nunca me inspirou e, por mais que finja, nesta versão moderna, nunca tive jeito para desportos com este radicalismo.
Boa resposta.
ResponderEliminarCoerente com a linguagem desse blogue e respectivos comentários.
Espero que, depois disto, tenha mesmo bebido um copo de bom vinho.