Todos os
países terão as suas ruínas, mas poucos as terão com a curiosa complementaridade
das existentes na Rússia,…
…onde se podem
apreciar as ruínas de antigos edifícios, imponentes, que foram símbolos de uma
sociedade que foi destruída em 1917…
…para a edificação de uma outra, melhor, mas que precisava de ser tão
bem defendida que se devem a ela as outras ruínas, feitas de equipamentos
militares obsoletos.
O Blog do Professor Marciano Dantas ultrapassou a marca dos 900 mil acessos.
ResponderEliminarprocupa-me mais o estado ruinoso que este desgoverno, de direita, está a deixar o meu Portugal...continue a sua preocupação com os "soviéticos"...seguramente devem-lhe ter feito muito mal, já que passa a vida a escrever sobre os mesmos...quem me assusta é o passos coelho não é o jerónimo!
ResponderEliminarEu poder-lhe-ia responder, desconversando dialecticamente, que me assiste a liberdade de escolher os temas que trato no meu blogue.
ResponderEliminarEu poder-lhe-ia responder que foi preciso combinar obtusidade com facciosismo para não ter “reparado” que o meu poste seguinte se refere precisamente e de uma forma crítica à actual situação portuguesa e ao desempenho do governo.
Eu poder-lhe-ia responder que, comparativamente e sem os desculpar de outras decisões, este governo, atacando o padrão de vida das classes médias, ainda não começou a executar e a deportar quadros da administração pública como se fazia na União Soviética sob Estaline. São coisas que, mesmo que não tenham acontecido directamente comigo, me incomodam, que quer?
Poderia, mas prefiro responder-lhe que gostei do seu “nick”: pereirinha. Com diminutivo. Bem escolhido! À dimensão daquilo que mostra serem as suas preocupações.
Caro A. Teixeira,
ResponderEliminarComo deve ter constatado, comentei o seu comentário, passe a redondância, relativamente ao contéudo dos seus posts...não efectuei quaisquer comentários a nicks ou assuntos eventualmente, relevantes. Posto isto registo que o seu argumentário se resume ao meu nick e não aos meus argumentos. Obviamente que o blog é seu...pode elogiar hitler, salazar e franco, felizmente o 25 de abril deu-nos esta oportunidade. Continua a parecer-me inoportuno e, quiçá, rídiculo, estar a mencionar invariávelmente Staline, Guevara, como símbolos do mal quando temos no nosso pequeno grande país, pessoas bem mais perigosas. Estranhará 1 esquerdista dar-lhe tanta importância. Comecei a ler o seu blog pelo seu rigor histórico e geográfico...não me deixou de irritar, confesso, a sua tendêcia para atacar, sistematicamente, tudo aquilo que no senso comum, consideramos como valores da esquerda. O seu anticomunismo primário, acredite, não lhe trará a felicidade que, seguramente, merece. Acredito que o 25 de Abril de 1974 seja 1 data que recorde como de má memória...creia que se não fosse essa data não lhe seria permitido escrever tantos disparates!
Esqueça o Estaline e seja feliz.
Pereirinha,se quiser fazer-se útil, seja o primeiro a esclarecer-me em muitos anos e a propósito do emprego do tradicional chavão, o que é, ao certo, anticomunismo “primário”? O que o distingue do anticomunismo “secundário”? Há um anticomunismo “terciário”? E, havendo anticomunismo, não haverá por sua vez comunismo "primário" e "secundário"? Como os descreveria, as estes últimos?
ResponderEliminarComo em qualquer religião, os rituais e os discursos são extremamente cómicos mas os "fiéis" não têm sentido de humor para se rir deles... Ah, e esquecer Estaline não é caminho para a felicidade...
09 Setembro, 2012 11:23
Caro A. Teixeira,
ResponderEliminarComo afirmei anteriormente, reforçando a ideia já expressa, sou leitor do seu blog, admirando o seu rigor histórico e geográfico.Viajo com alguma regularidade, consequência da profissão que exerço, e antes de encetar essas viagens não deixo de consultar o seu blog, de forma a que as minhas viagens sejam mais bem sucedidas. Acredite, e desde já agradeço por isso, que alguns dos seus posts me foram bastante úteis. É um homem culto e estudioso, pese o rancor evidente que se constata, com alguma facilidade, no que escreve, já que, tal como o Estaline que tanto abomina e comenta, revela alguns problemas relativamente às críticas que lhe são feitas. Eu, filho e admirador do 25 de Abril, registo esse seu rancor com alguma tristeza.
Respondendo directamente à sua pergunta, relativa ao níveis de anticomunismo digo-lhe o seguinte:
parece-me a mim ridículo atacar de forma vil o comunismo, como se esta ideologia se resumisse, apenas, ao consulado de Estaline.
Como, seguramente, deverá saber, existem muitos "comunismos", como existem muitos "capitalismos": de facto, o "comunismo" abrange a Comuna de Paris, Trotski, Bakunine, Cunhal, Catarina Eufémia, Bento de Jesus Caraça, Guevara, Castro, Rimbaud, Zeca Afonso, Marx, Engels´, Rousseau e muitos mais.
O comunismo é uma ideia, melhor ou pior interpretada, mas é uma ideia bonita de um mundo mais justo do que aquele que vivemos.
O anticomunismo primário é, assim, a generalização da ideia de que a aplicação desta ideologia redunda, invariavelmente, em ditaduras sanguinárias, que, como "Leitmotiv",usam o povo para chegar ao poder.
Relembro-lhe, no entanto, a título de exemplo, o caso de Allende, que, eleito por sufrágio universal, foi deposto por pinochet, com 1 golpe cobarde e fazendo milhares de vítimas inocentes.
Posto isto, caro A. Teixeira, recomendo, com toda a humildade, que não fale do comunismo e dos comunismos de forma tão gratuita. Com todos os defeitos (e todos os temos) os comunistas representaram 1 papel muito importante na conquista da liberdade em Portugal. Como disse Ernesto Melo Antunes, grande português e grande democrata, o PCP é indispensável à consolidação da democracia em Portugal.
Cumprimentos,
BP
ResponderEliminarPereirinha, passo a passo, os seus comentários tornam-se cada vez menos convencidos e assertivos e, eu, mesmo anticomunista primário, com esses elogios ainda acabo por me enternecer. Se fosse um bom marxista devia perguntar-se dialecticamente porque alguém que qualifica de rigoroso, culto e estudioso é assim…
Mas fiquemo-nos por aqui. Não sem antes, a bem desse mesmo rigor, o esclarecer que entre os «comunistas» de que fala se contam um teórico anarquista (Bakunin), uma jornaleira que se considerava mal paga (provavelmente com razão… – Catarina Eufémia) e um filósofo oitocentista do espírito das luzes (Rousseau). Estou de acordo consigo que há muitos mais comunistas do que aqueles que menciona mas esses (e ainda o Rimbaud…), desculpe lá, mas não.
Sobretudo, é importante que adopte uma outra atitude, mais inquisitiva. Por exemplo, a citação de Melo Antunes que menciona foi proferida na sequência do 25 de Novembro de 1975 e não contém o sentido integral da sua afirmação: “o PCP é indispensável à consolidação da democracia em Portugal” APESAR do comportamento de assalto ao poder que ele exibiu ao longo do PREC.
Caro A. Teixeira,
ResponderEliminarJá compreendi que temos visões distintas da história. De qualquer forma, perante o seu espanto à minha associação de Rimbaud com os ideais comunistas, devo relembrá-lo que esta associação prende-se com a participação do poeta francês na Comuna de Paris e com a simpatia pelo comunismo, revelada por muitos dos seus poemas.
Cumprimentos,
BP