21 setembro 2012

O SACRIFICADO

Se internacionalmente pegar a versão dos acontecimentos do Setembro Quente que hoje aparece publicada na The Economist, isso será bom para a imagem de Portugal. É pior para Pedro Passos Coelho, ao acartar com as culpas de uma obtusidade política que não conseguiu localizar os limites sociais da aceitação da austeridade. Porém, sabíamos de antemão como o nosso primeiro-ministro se dispusera, em caso de necessidade, a sacrificar-se pelos superiores interesses nacionais. Não foram dele as declarações que Se algum dia tiver de perder umas eleições em Portugal para salvar o país (…) que se lixem as eleições, o que interessa é Portugal? Nestes tempos difíceis, os sacrifícios tocam a todos, excepcionalmente não nos tocam nos bolsos...

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