Prova da
completa descoordenação do governo são as atitudes contraditórias do ministro
dos negócios estrangeiros, que alegou estar no Brasil para se escusar a comentar aquilo que se passa em Portugal, e do ministro-adjunto e dos assuntos
parlamentares, que parece ter ido propositadamente para o Brasil para poder comentar aquilo que se passa em Portugal. Não percebo a atitude de Paulo Portas
que, depois da escusa e de regressado, ainda nos informou que tinha assinado 14(!) acordos de cooperação com a Venezuela (facto que despertou clamores
populares de regozijo de norte a sul do país), mas com o jet-lag ainda não conseguiu arranjar tempo
para responder aos desafios políticos que entretanto por cá lhe colocaram. Em
contrapartida, percebo o dilema de Miguel Relvas, que nos dias que correm se deve
sentir mais em segurança no estrangeiro do que em Portugal; seja ali mesmo em Badajoz ou em
qualquer lugar do Mundo onde possa viver um português, o importante é que o compatriota não lhe
apareça a meio das declarações de pantalha assestada: Vai estudar oh Relvas!
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