Abaixo, à
esquerda, trata-se de uma fotografia de Luís Filipe de Bragança, herdeiro do
trono português entre 1889 e o seu assassinato em 1908, fardado de aluno
comandante de companhia do Colégio Militar, ainda hoje um prestigiado estabelecimento de ensino, que à
época já era quase secular mas que, por acaso, o príncipe nunca frequentou… Estas honorificências
sempre me despertam uma antipatia instintiva porque o Colégio Militar, a assumir-se
de alguma herança monárquica (incontornável, porque fundado em 1803...), o será de uma outra tradição monárquica, a bonapartista, que assenta na meritocracia e na ascensão social dos que o merecessem¹.
Mais de cem
anos depois de Luís Filipe, ainda há quem continue a manter viva esta brincadeira
ficcional das honorificências no Reino Unido, agora com um faz-de-conta ainda mais
complexo, pretendendo-se que há membros da família real que vão mesmo à guerra,
como acontece no caso do príncipe Harry e as suas comissões de serviços no
Afeganistão. Claro que a verdade veio ao de cima quando as coisas passaram a ser
a sério: com a sua presença a tornar-se conhecida do inimigo, Sua Alteza tornou-se um alvo, uma atrapalhação para os camaradas e houve que o esconder… A realeza bem tenta compartilhar a
dificuldade com os seus súbditos, mas nem sempre é possível…
¹ Especificamente
destinado à aristocracia havia, à época da fundação do Colégio Militar, o Real Colégio dos Nobres, que fora fundado em 1761 pelo Marquês de Pombal.
Fuck' em all. Mainada
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