Quando se cristalizou a ideia que Marcelo é o homem do bombo mediático, pronto a pronunciar-se sobre tudo e mais um par de botas, venha a propósito ou não, o preço político que ele paga por essa conduta é o de tornar ribombantes os silêncios a respeito daqueles temas que, pela sua gravidade, se impõe que um presidente da República se pronuncie, como será o caso desta crise que acometeu a igreja católica portuguesa. Se, mesmo num presidente da República bisonho como Cavaco Silva, reagir seis dias depois dos acontecimentos já seria inaceitável, num tagarela como Marcelo Rebelo de Sousa é a admissão óbvia do quanto o tema o incomoda, o indício do quanto a sua posição poderá ser dissonante das opiniões desagradadas que se têm vindo maioritariamente a ouvir na comunicação social. Pela omissão de Marcelo até hoje (quando já se passaram quatro dias da conferência de imprensa dos bispos) e ainda não tendo dito nada, fica-nos a sensação... que já disse, não dizendo.
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