Domingo, 19 de Março de 1933. Tinha lugar o acto eleitoral para a aprovação da Constituição do Estado Novo. O Diário de Lisboa dava destaque de primeira página aos momentos em que Óscar Carmona, presidente da República, e Oliveira Salazar, presidente do Conselho, votavam (entregavam a sua lista, como então se dizia). O ritmo do escrutínio era outro. No dia 11 de Abril o Diário do Governo publicava os resultados oficiais: 1.292.864 a favor, 6.190 contra, 666(?) nulos e 30.538 abstenções. Eram resultados inverosímeis, mas essa era a prática aceite para actos eleitorais em ditaduras onde ocorriam vitórias esmagadoras de 99.5%!
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