27 de Março de 1973. Na cerimónia da atribuição dos óscares daquele ano, aquando da atribuição do óscar para melhor actor, ganho por Marlon Brando pelo seu desempenho em O Padrinho, aparece uma jovem vestida de índia nativa para receber - e recusar - o galardão. Dizendo chamar-se Sacheen Littlefeather (pena pequena) e ser de ascendência apache, a representante do actor faz um pequeno discurso de protesto em prol da causa dos índios americanos. Foi um momento insólito, mas também se viviam tempos em que se tinha toda uma outra tolerância para com estes episódios, uma tolerância decorrente da ingenuidade. A verdade - que não foi escrutinada de imediato pela comunicação social - é que miss pena pequena (como foi tratada pela locução da cerimónia) se chamava, na verdade, Maria Louise Cruz e não tinha nada a ver com a tribo apache. Era uma contestatária profissional e tudo não passara de uma encenação dentro de outra encenação - a da cerimónia. Mas isso durou anos a ser reconhecido.
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