30 de Maio de 1972. Eram já 10 da noite quando três passageiros japoneses chegaram ao aeroporto de Lod vindos de Roma num voo da Air France. O aeroporto de Lod - hoje baptizado de Ben Gurion - é o principal aeroporto de Israel, servindo simultaneamente Tel Aviv, a capital administrativa, e Jerusalém, o principal destino turístico. Os três passageiros estavam vestidos discretamente, à ocidental, e traziam consigo, cada um, um estojo fino de violino. Ao chegarem à sala de espera, abriram-nos e de lá tiraram uma arma automática vz. 58 de concepção checa (abaixo) sem coronhas, para que coubessem nos estojos de violino. E começaram a disparar indiscriminadamente contra passageiros e funcionários do aeroporto, a começar por um grupo próximo de peregrinos (cristãos) de Porto Rico. Foi entre aquele grupo que se registaram 17 dos 26 mortos do ataque terrorista. Mas além dos mortos, o tiroteio provocou cerca de 80 feridos. No final, as autoridades israelitas nunca publicaram os resultados das perícias dos ferimentos, para que não se admitisse, pública e oficialmente que uma percentagem das vítimas havia sido alvejada por fogo das autoridades. Apenas um dos terroristas sobreviveu ao ataque.O processo de subcontratação dos atentados terroristas foi uma completa surpresa para os serviços de segurança de todo o mundo. A começar pelo Mossad, que é sempre tão cuidadoso a promover-se pelos seus sucessos. Mas o meu comentário final vai a fotografia acima, da sala de espera do aeroporto onde o tiroteio começou, com as bagagens perdidas e dispersas e onde o chão se encontra ainda sujo do sangue das vítimas, e em que, com grande probabilidade, o estojo do violino que se vê esquecido, teria pertencido a um dos assaltantes.
Sem comentários:
Enviar um comentário