Começou a campanha eleitoral para as eleições para o parlamento europeu. A pose do Ordralfabétix é, na minha opinião modesta, a melhor imagem do que constituirá a atitude predominante entre os eleitores para com aqueles que estão agora a trabalhar para serem eleitos. Ficarei muito surpreendido se a afluência no dia das eleições superar em muito os três milhões de eleitores, o mesmo número do que aquele que foi registado nas eleições europeias que até hoje tiveram a participação mais fraca, em 1994, já na fase do baixo-cavaquismo. E a coligação governamental deve ficar muito grata se isso acontecer, porque a impressão que domina é que se os absentistas lá não vão é por sentirem que não tem efeito votarem contra quem lá está.
E a complementar tudo isto há a indústria das sondagens. Por aliança tácita entre os que estão estabelecidos e em conformidade com a dissuasão da imagem de que possam existir novos núcleos de voto alternativos, as notícias publicitando as sondagens têm agregado as outras formações num bolo indistinto e desapercebido que, como se vê pelo exemplo acima, poderá chegar a representar cerca de ⅛ do total (12,5%), deixando os leitores na ignorância se existirão ali listas com 2 ou 3% de intenções e com possibilidades de alcançar os 4,5% que podem chegar para eleger um eurodeputado. Mas o mais caricato nas sondagens é a habilidade para fazer esquecer erros clamorosos do passado, como se vê nesta sondagem abaixo, publicada em 2009 pelo mesmo Expresso da de cima, e que dava a vitória do Partido Socialista e de Vital Moreira!…
Vale a pena recordar que nesse ano, em dez sondagens realizadas antes das eleições, apenas uma dava a vitória ao PSD que se veio a concretizar. O
peixe do Ordralfabétix lá de cima devia ser para assestar em outras caras que não apenas as que
aparecem nos cartazes…
Sem comentários:
Enviar um comentário