Que eu soubesse, era tipicamente português aquele gesto de fechar o negócio com um desconto de última hora a que se chamava uma atençãozinha. Agora, já não tenho a certeza... Ficámos a saber que, ao contrário dos ordenados que têm tendência para encolher nos dias que correm, o montante total do empréstimo que havia sido concedido a Portugal esticou em mais 3 mil milhões de euros. Nas notícias, explica-se que isso resulta de alterações cambiais, por um lado, e alterações técnicas (não especificadas) por outro. Além disso, frisa-se que este aumento não foi solicitado pelo governo e que não traz nenhuma condicionalidade extra. Só é pena que em nenhuma parte da notícia se refira que os 3 mil milhões adicionais generosamente postos à nossa disposição houvessem sido emprestados sem juros... É que sendo assim e considerando a gestão milimetricamente rigorosa e competente do plano financeiro por Vítor Gaspar, só me parece possível uma atitude por parte do governo português: a devolução à procedência deste extra não solicitado, que subornos destes não nos devem desviar do tão ansiado regresso aos mercados em Setembro de 2013!
Sem comentários:
Enviar um comentário