Algumas notícias publicadas traduzindo a reacção governamental à recente decisão presidencial de submeter alguns artigos do orçamento à apreciação do tribunal constitucional são absurdas. A constituição, sucessivamente revista, existe desde muito antes da ascensão ao poder de Pedro Passos Coelho e Aníbal Cavaco Silva já então era presidente, eleito por uma maioria de votos que é tão legítima quanto a coligação parlamentar que suporta o actual governo. Pedro Passos Coelho tinha obrigação de conhecer uma e outro quando se candidatou e prometeu... o que prometeu. Tentar responsabilizar os intervenientes naquela apreciação ou o próprio documento pelas consequências do desrespeito do governo pelas normas legais fundamentais do nosso país faz tanto sentido quanto culpar o poste da beira da estrada por não se ter esquivado quando do despiste do automóvel.
Sem comentários:
Enviar um comentário