19 janeiro 2013

MALICK SIDIBÉ

Provando que o Mali pode ser assunto de interesse sem a intervenção da França, eis um par de fotografias que celebrizaram Malick Sidibé (1935-    ). Os seus primórdios são prosaicos: Malick Sidibé foi aprendiz do fotógrafo (branco) local (conhecido afectuosamente por Gégé la pellicule) e só veio a abrir o seu próprio estabelecimento em Bamako, a capital, em 1958, dois anos antes da independência do Mali. O Studio Malick prosperou comercialmente ao longo das décadas que se seguiram, com um portfolio invejável de fotografias de clientes de uma classe média jovem ocidentalizada, ostentando os seus sinais exteriores de riqueza (acima, note-se o pormenor do cigarro) ou recreando-se segundo os gostos importados pela globalização (abaixo, a dança parece um twist adaptado...), mas com imagens onde se capta uma certa ingenuidade que as torna únicas. Desde sempre castiça, foi só na década de 1990 que a obra de Malick Sidibé veio a receber o reconhecimento mundial de que hoje goza. Já aqui havia utilizado uma fotografia sua a propósito dos ministros com pasta e sem ela

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