08 setembro 2021

MEU FILHO, MEU TESOURO

A motivação para este poste foi a notícia da morte, nos Estados Unidos, do antigo senador do Illinois Adlai Stevenson III. A notícia foi confirmada por seu filho, Adlai Stevenson IV. O recém falecido era filho de Adlai Stevenson II, antigo governador do mesmo estado do Illinois, por duas vezes candidato (derrotado) do partido democrata nas eleições presidenciais americanas e bisneto de Adlai Stevenson I, vice presidente dos Estados Unidos entre 1893 e 1897. Embora Adlai Stevenson V conte apenas 27 anos e ainda não tenha realizado nada que o destaque, como se percebe, a família Stevenson é um dos adereços aristocráticos do estado do Illinois. O que, por associação de ideias, me lembrou um artigo que a revista Sábado publicou há questão de umas três semanas, realçando a coincidência genética de que as pessoas mais vocacionadas para o Direito em Portugal se poderem arrumar hereditariamente da maneira que a imagem abaixo mostra. O fenómeno, qual almanaque Gotha do ensino do direito em Portugal, e que pode tão bem ser sintetizado na expressão escolhida em português para título do sucesso editorial do Dr. Benjamin Spock (meu filho, meu tesouro), já terá sido explicado analiticamente em 2014 por Thomas Piketty (as elites tendem para a endogamia), mas quando o vemos concretizado assim com pessoas (mais a respectiva prole,,,) que conhecemos de virem à televisão dizer coisas, a subversão da meritocracia torna-se mais compreensível para os comuns

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