5 de Setembro de 1941. Dia da abertura no palácio Berlitz em Paris da exposição «Le Juif et la France» (O judeu e a França). Vale a pena apreciar acima a forma como o acontecimento foi coberto no jornal de actualidades que se exibia então antes das sessões de cinema, onde se mencionava uma afluência inicial de 13.000 visitantes. Mas, mais do que a locução, para mim são sobretudo as imagens que impressionam, ao conferirem, pelas estátuas, pelos quadros, pelos gráficos, uma respeitabilidade (mais do que) incómoda ao anti-semitismo. Foi em França, há oitenta anos, com a tolerância benevolente das autoridades de ocupação alemãs, mas promovida por franceses e destinada aos franceses.
O antissemitismo tem longuíssima tradição na Europa.
ResponderEliminarA importância de o mostrar neste filme é mostrá-lo institucionalizado, tornado respeitável porque patrocinado pelos poderes. E chamar a atenção para como há imensas pessoas que o aceitam apenas por causa da forma. Nos nossos dias e quando esteve um mentiroso, um cretino, um racista na Casa Branca (Donald Trump), até pareceu que a mentira, a estupidez e o racismo passaram a ser toleráveis só porque havia um presidente com esses «predicados».
EliminarExactamente.
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