30 de Julho de 1971. Duas notícias inusitadas na página internacional da edição daquele dia davam ao leitor do Diário de Lisboa a impressão que o censor se distraíra e entrara de férias. Numa primeira (a da esquerda), questionava-se a existência de um português entre a missão que a ONU enviara à fronteira do Senegal com a Guiné-Bissau para investigar as queixas daquele país quanto a intrusões de militares portugueses no seu território. Uma encenação a que a diplomacia de Lisboa costumava não dar propositadamente a mínima atenção, uma regra que era ali quebrada. A outra regra que se quebrava era a referência a Agostinho Neto, o presidente do MPLA, estivesse ele em Pequim ou noutro lado qualquer.
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