01 dezembro 2019

O ÚLTIMO MOHICANO

Depois de até Graça Franco o ter admito, há um par de dias, que está farta de contas certas, só resta mesmo José Gomes Ferreira bandear-se, entre os arautos públicos de outrora, aqueles que pugnavam pela redução do défice através da redução da despesa pública. Escutando-os naquela altura, tudo aquilo afigurava-se a solução imperativa, que não produzia quaisquer efeitos secundários, a não ser os - necessários - cortes nos rendimentos de quem dependia do Estado e, mais, era uma solução que só não era prosseguida com mais afã por causa dos interesses obscuros que se haviam apoderado dos mecanismos de decisão do Estado. Afinal, parece que não é bem assim: as consequências não são tão neutras, assim como não é neutro quem conseguiu os resultados da contenção do défice. O que fora um mérito absoluto passou a ser um semi-mérito e relativo. Cansaram-se todos da aritmética e das contas certas. Cansaram-se todos, menos o José Gomes Ferreira, mas a esse, nem tenho dado ultimamente por ele. Quando se dá tempo ao tempo das opiniões, quem as emite mostra o que vale.

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